Alagoinha – Nossa Terra, Nossa História
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Este artigo pertence ao Pesqueira Histórica.
Tudo sobre a história de Pesqueira e Cimbres
Volto ao tema Literatura para apresentar uma das mais fascinantes fontes primárias que se tem notícia na história local. Minha intenção em abordar tais livros é facilitar a busca dos eventuais novos pesquisadores por informações relativas à história de Pesqueira. Assim o fiz com Pesqueira e o Antigo Termo de Cimbres, de José de Almeida Maciel, e Ararobá Lendária e Eterna, de Luís Wilson. Naquela ocasião, procurei fazer uma explanação do que era possível encontrar naquelas obras. Já neste caso, tal tarefa se torna muito mais difícil, pois não se trata exatamente de um livro que trata da história de Pesqueira e Cimbres, mas de uma coletânea de documentos datados desde meados de 1700.
Capa da obra |
Foto: Pequeira Notícias |
Capa do livro, por Julio Gonçalves. |
Para nós especialmente, Ararobá, Lendária e Eterna é sua obra mais importante. A edição é de 1980, da Prefeitura Municipal de Pesqueira, e representa mais uma das várias obras que foram levadas a público no ano do centenário da elevação da vila a cidade. São 457 páginas distribuídas entre 15 capítulos. A seguir alguns assuntos tratados em cada um deles:
Capítulo I: Trata dos primórdios da história cimbrense, algumas informações sobre a Capitania de Itamaracá e sobre a sesmaria ganha por João Fernandes Vieira. Trata também da Guerra dos Bárbaros e da Confederação Cariri;
Capítulo II: Apresenta o capitão Pantaleão de Siqueira Barbosa, pai do fundador de Pesqueira. Trata também do próprio Manuel José de Siqueira e sua fazenda Poço do Pesqueiro e dos chamados Vinte de Pesqueira;
Capítulo III: Trata do capitão-mor Antônio dos Santos Coelho da Silva, fundador da fazenda Jenipapo, e sua filhas. Trata também de seus genros (assim como Manuel de Siqueira) Domingos de Souza Leão e Francisco Xavier Paes de Melo Barreto;
Capítulo IV: Trata da primitiva política cimbrense, dos primeiros presidentes do Senado e seus juízes ordinários. Também fala dos prefeitos do município de Cimbres já autônomo, a partir de 1893 com André Bezerra do Rego Barros;
Capítulo V: Este capítulo é dedicados às igrejas de Pesqueira, menos à igreja de Cimbres;
Capítulo VI: Aqui Luís Wilson nos fala da família Brito, começando pelo Barão de Cimbres, passando por Carlos de Brito e sua esposa dona Yayá. Ele aproveita e nos dá importantes informações sobre os primórdios da fábrica Peixe, inclusive sobre os doces de dona Negu da Pitanga e sua filhas Dina Doceira, Emília e Maria Frecheiras;
Capítulo VII: Continua com a família Brito (Jurandir de Brito e outros). Trata também da administração de Pesqueira por um deles, o famoso “seu” Candinho;
Capítulo VIII: Zeferino Galvão, o maior expoente da cultura pesqueirense de todos os tempo, é o assunto desse capítulo;
Capítulo IX: Dedicado a José Araújo e sua família, bem como (evidentemente) à sua loja de 1890;
Capítulo X: Trata do tenente-coronel José do Rego Couto e seus filhos, entre eles o comendador José Didier;
Capítulo XI: André Bezerra do Rego Barros, o primeiro prefeito do município autônomo de Cimbres, e outros membros da mesma família;
Capítulo XII: Sobre o comerciante, conselheiro e historiador José de Almeida Maciel, seus alunos em Pesqueira e sua primeira professora dona Úrusual Cizelina;
Capítulo XIII: Sobre professores e estudantes de Pesqueira no começo o Século XX, a família Valença, Anísio, Alípio Galvão e outros;
Capítulo XIV: Trata dos velhos jornais de Pesqueira: O Serrano, A Tarde, Gazeta de Pesqueira e outros. O capítulo fala também sobre os antigos cinemas de Pesqueira;
Capítulo XV: O último capítulo do livro é dedicado a Dom José Antônio de Oliveira Lopes e outros bispos, o Colégio Diocesano e o Santa Dorotéia, bem como o Ginásio Cristo Rei.
Esse foi apenas o resumo sobre os principais assuntos, na verdade há muito mais. O espaço é curto para falarmos de tudo e, na verdade, essa não é a intenção. Para aproveitar tudo que essa obra de importância ímpar oferece, só a lendo por inteiro. Com certeza é uma experiência fascinante, pois a pesquisa de Luís Wilson foi rica e abrangente, muito enriquece o conhecimento de quem a lê. Aliás, trata-se de mais uma leitura obrigatória para quem quer conhecer a história de Cimbres e Pesqueira.
O livro enquanto estava sendo escrito chamava-se A Velha Fazenda Poço da Pesqueira (História de Algumas de Suas Famílias), mas o nome foi mudado antes do lançamento. É conveniente lembrar que esse título, Ararobá, Lendária e Eterna, virou um clássico popular. Mesmo quem nunca leu o livro, ouve esse nome ecoando até os dias de hoje.
Por Oliveira do Nascimento.
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Capa do livro. Acervo particular. |
Esse trabalho foi publicado em 1980, décadas depois da morte do autor, e na verdade se trata da reunião de vários artigos de jornais publicados originalmente nos ano 40 e 50. Esses artigos foram pesquisados, organizados, e preparados para a nova publicação por Gilvan de Almeida Maciel, filho de José de Almeida. Não sei se ali constam todos os artigos escritos por ele sobre o tema, mas Gilvan conseguiu reunir pelo menos os de maior relevância. A compilação compreende o volume I da trilogia Obras Completas de José de Almeida Maciel e foi publicado pelo Centro de Estudos de História Municipal como o número 9 de uma grande coleção que reúne obras de vários municípios de Pernambuco escritas por autores diversos.
3ª Parte – Ainda em Pesqueira.
4ª Parte – O Brejo.Velhos Caminhos. Algumas famílias.
O livro pode ser encontrado na Biblioteca Municipal Luiz de Oliveira Neves, que fica na rua Cardeal Arcoverde, em Pesqueira, em frente à Cúria da Diocese.
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