Categoria: Pesqueira Era Assim

Como era o IPSEP

Um dos símbolos do serviço público de Pesqueira funcionava na avenida Ésio Araújo. Era a unidade local do antigo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Pernambuco, o IPSEP.
No meu tempo de criança, havia no jardim da frente uma torneira onde a molecada tomava água depois de sair do antigo CERU e antes de “subirmos” para o bairro de Baixa Grande, isso entre 1985 e 87.
O IPSEP deve ter funcionado em Pesqueira por pelo menos uns 30 anos. Quando fechou no ano 2000, com sua reformulação e transformação no Instituto de Recursos Humanos – IRH1, restou-nos apenas o prédio como lembrança. No mesmo lugar, pouco depois, foi instalado o Condomínio de Cursos e posteriormente a Agência do Trabalho do SINE, atualmente dividindo espaço com um posto de atendimento de saúde da Prefeitura.
O prédio não tem nenhuma característica arquitetônica especial, mas tinha certo significado, o que vem sendo apagado a cada dia por alterações na fachada. Outro capítulo desse atual momento é a pintura de gosto duvidoso. O processo de alterações pode ser visto na sequência de fotos no fim da matéria.
A ocupação do imóvel por parte a Agência do Trabalho é louvável. Pior seria vê-lo fechado e abandonado, mas seria melhor ainda se estivesse bem cuidado, do jeito que ele merece.

Fontes:
1Jornal do Commercio. Recife. Notícia de 02/06/2000.

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Este artigo pertence ao Pesqueira Histórica.

Como era o Club dos 50

Uma breve introdução

Algumas pessoas têm me cobrado pela falta de imagens antigas no site. De fato sua presença dão bastante significado à causa do passado de Pesqueira, principalmente se forem acompanhadas dos comentários pertinentes.
Por essas razões dou início a essa série de matérias com foco em antigas fotografias. A intenção é mostrar como a cidade era e como está agora. Não quero de forma nenhuma condenar os agentes da desfiguração por qual Pesqueira tem passado, mas alertar a sociedade (aqui incluo todos: cidadãos comuns e autoridades) para o fato tão lamentável.
Para uma cidade que se diz histórica, o que se espera é que ela apresente a seus visitantes um mínimo de relíquias de seu passado. Sinceramente acho que um turista pode se sentir desapontado ao encontrar a cidade histórica repleta de construções modernas e sem sentido.
É bom lembrar que turista ou visitante que sai com boa impressão faz boa divulgação (com rima e tudo). E quem ganha com isso: todos que vivem aqui e daqui.
Mas também, graças a Deus, nem tudo é mau, pois temos bons exemplos de preservação, como veremos posteriormente.
Assim, depois dessa pequena apresentação, vamos à primeira matéria da série.
Como era o Club dos 50

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A história não escolhe partido, religião, meio social ou etnia. O Club dos 50 (sem “e” mesmo) foi fundado nos anos 30 por Francisco Roberto Matos1e funcionou até sua desativação numa casa na rua Duque de Caxias que pertenceu a José Pita. Sua fachada era ainda do século XIX, mas foi reformada ao receber o clube. No topo foi feito o marcante letreiro, que, sem dúvida nenhuma, chamava bastante a atenção. Nos anos 80 o prédio foi remodelado para ser usado como comércio, o letreiro desapareceu, restou na calçada o ladrilho que formava o nome. Hoje, nem isso resta. A fachada do clube não era a original da construção, mas já fazia parte do cenário de Pesqueira há 60 anos.
Amados por uns, odiado por outros, o fato é que o Club dos 50 perdeu infelizmente o último vestígio de sua existência material, ficou agora apenas na memória de alguns e nas velhas fotografias.
Fontes:
1MACIEL, Gilvan de Almeida. Club dos 50, in Crônicas da Pátria Pesqueirense. EDUFERPE. Recife: 2008, p.63.


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