As casas do Maestro Tomás de Aquino – parte 1
Marcelo do Nascimento
A maioria de nós já ouviu falar do Maestro Tomás de Aquino, principalmente pela rua que leva seu nome. Com certeza sua importância para a cultura pesqueirense vai muito além, mas pelo fato de ter morado em três imóveis interessantes e ter sido um dos primeiros investidores imobiliários da cidade no começo do século XX, esta notas, que aqui se iniciam, valerão a pena ser registradas.
Tomás de Aquino de Almeida Maciel era natural do Brejo da Madre de Deus, nascido a 7 de março de 1863. Era filho de Matias Soares de Almeida e Francisca Cândida Pita Maciel. Mudou para Pesqueira ainda jovem, antes dos vinte anos, no começo da década de 1880. No centro da cidade montou uma boa loja de “fazendas e miudezas” e começou, por volta de 1883, a construir sua residência, introduzindo uma novidade na arquitetura pesqueirense, pelo menos nas casas de morada: o parapeito (ou platibanda). Antes disso todas as casas eram de “beiribica” (beira e bica, telhas livres na frente da casa, por onde escorria a água da chuva para a calçada), exceto o prédio da Câmara, que já contava com esse recurso em 1880.
Essa primeira casa do Maestro corresponde ao número 42 da praça Dom José Lopes, que fica ao lado do casarão da família Avelar. Em antigas fotografias ainda podemos ver suas feições originais, mas, hoje, ela encontra-se com a fachada descaracterizada. Sua construção também nos ajuda a entender que de meados para fins do século XIX é que a praça Dom José Lopes e, evidentemente, seu entorno, foi se formando, o que coincide com o início da construção da igreja matriz de Santa Águeda em 1852 e sua inauguração em 1889. Aquele movimento de novas construções era uma terceira etapa de expansão do centro da cidade. E, ainda nesse campo imobiliário, o Maestro seria um importante personagem, como ainda veremos.
Nesta casa nasceram todos os filhos do Maestro, exceto Dagmar (conhecido como Dustan Maciel), o mais novo. Foi nela, portanto, que veio à luz José de Almeida Maciel em 1884, um dos maiores ícones da cultura pesqueirense. Por si só, este já seria motivo suficiente para colocar a construção na lista dos bens materiais mais valiosos do acervo municipal.
Salvo engano nests casa fo maestro fou nos znis 50 e 60 a casa do ,mouco, dono fo cine moderno (?), o maestro. Era amigovfi meu osu Seu Arthur Vuana da sapatarua.
Fazendo uma releitura da foto antiga para os anos 60 e num exercício de memória teríamos a seguinte sequencia das casas:Casarão da familia Avelar, casa do dono do cinema moderno,consultório Dr. Aurelino,Casa D Marieta (?),casa da Prfa. Maria Gomes; na foto ao afinal do texto aparece ,ainda preservada a casa do consultório de Dr. Aurelino. Uma visão dos anos 60, claro! Havendo distorção queira me corrigir por favor!
Nasci em Pesqueira e lembro com muita saudade de residências lindas da época que eu era criança.Trago na minha memória até hoje esta casa que fica ao lado da praça e que se não estou enganada tem uma miniatura da Igreja de Santa Águeda,(que pena a descaracterização da residência que pertenceu ao Maestro).
lindos também o palácio do Bispo,a casa da família Brito em frente a antiga fábrica Peixe a pequena Igreja (acho que de Nossa Senhora Mãe dos Homens) que fica colada ao conjunto arquitetônico do palácio ,onde inclusive minha mãe casou, o convento e várias outras casas da Rua Quinze de Novembro onde morei.
lembro bem a casa de Dona Creusa Ventura com um lindo pomar( sinto até o cheiro do pé de Groselha que tinha por lá), que pena quase tudo transformado em Bancos,Comércio,Clínicas e outros.
Lindo relato! São histórias de vida como essa, essas memórias, que dão verdadeira vida e colorido ao nosso passado. Sem isso a história, embora sempre importante, é fria e desassociada da realidade. Agradecemos enormemente sua bela participação.
Brinquei muito na calçada onde fica esta casa pois morava um pouco mais acima, essa casa onde morou o maestro foi na década de 50 pertencente à Dona laura esposa do “Mouco” do cinema e esta casa mais acima, de cor verde e cerâmica foi onde funcionou o consultório do dentista Dr. Aurelino, pena que as fachadas estejam completamente descaracaterisada; aproveito a oportunidade para lhe parabenizar pelo excelente trabalho de resgatar a história e a memória de nossa cidade de pesqueira onde vivi os primeiros anos de minha vida!
Como sempre, um ótimo relato! Muito obrigado pela sua participação.
Essa casa que pertenceu ao Maestro Tomás de Aquino , cuja frente foi substituida por uma outra fachada de gosto duvidoso e modernoso, , foi desfiguradda não somente a frente mas provavelmente a arquitetura interior do imóvel; a entrada da era pela esquerda da foto, de quem estar vendo na atela do computador, e com a reforma ficou pela direita isso sugere uma modificação severa em todo o imóvel, só restando intacto a fairna di telhado!